Orquídeas Coelogyne: Suas Espécies e Como Cuidar

O gênero das orquídeas coelogyne não é muito conhecido aqui no Brasil.

Mas mesmo assim elas são orquídeas incríveis, que merecem um grande destaque.

Uma curiosidade sobre esse gênero é o significado de seu nome, que pode ter um duplo sentido.

  • koilos (oco)
  • gyne (feminino)

Mas, na verdade, ele é baseado na parte oca da coluna dessa planta.

Dentre as espécies desse gênero podemos destacar algumas:

  1. Asperata
  2. Barbata
  3. Corymbosa
  4. Cristata
  5. Fuerstenbergiana
  6. Huettneriana
  7. Planiscapa
  8. Trinervis

Por isso se você se interessa por orquídeas, continue lendo para aprender mais sobre essas orquídeas incríveis, as coelogynes.

Sobre as orquídeas coelogyne

Orquídeas Coelogyne

No ano de 1821, Nathaniel Wallicch fazia uma expedição pelo sudeste asiático quando encontrou 3 espécies de orquídeas desconhecidas.

Futuramente essas 3 espécies “lançariam” o gênero coelogyne.

Quase 200 anos depois, esse gênero já cresceu muito.

Hoje existem cerca de 200 espécies de Coelogyne, sendo a maioria epífitas (vive em cima de árvores)

Essa orquídea pode ser encontrada principalmente nos seguintes locais:

  1. Índia
  2. Sri Lanka
  3. Malásia
  4. Ilhas Fiju
  5. Bornéu (cerca de 70 espécies)
  6. Entre vários outros locais da Ásia

Esse é um gênero muito diversificado, vivendo em locais que variam de florestas tropicais até locais muito frios como montanhas.

E quanto a altitude, pode variar do nível do mar até 3000 metros de altitude.

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Suas Curiosidades

Abaixo estão algumas curiosidades sobre as Coelogyne:

  1. Elas já foram usadas na medicina oriental, especialmente na China. Mas com a evolução da medicina, ela não se tornou mais necessária, sendo atualmente apenas um meio de decoração.
  2. Elas são pouco cultivadas aqui no Brasil, isso devido principalmente ao seu tamanho.

Abaixo estão os três principais motivos do cultivo de coelogyne ser pouco famoso.

  1. Como elas crescem muito rápido, e são muito grandes, é necessário um grande espaço para cultivá-las.
  2. Suas flores são pequenas e suas cores não muito atraentes.
  3. E um terceiro ponto é que algumas espécies emitem um cheiro desagradável durante a floração

Mas lembre-se isso acontece apenas com algumas espécies específicas.

Características

Coelogyne lentiginosa

Agora, vamos saber um pouco mais sobre as características da coelogyne.

Como dito anteriormente, elas são orquídeas grandes, e crescem rapidamente.

Mas também existem espécies menores.

Além de serem epífitas, também existem espécies terrestres e rupícolas, mas são mais raras e normalmente vivem em locais mais frios.

E por último, a causa do cheiro ruim de algumas espécies.

Algumas delas são polinizadas por vespas ou besouros e nesse caso, para atrair esses animais, elas emitem esse cheiro desagradável.

Cultivo

Coelogyne lawrenceana

Se você tem ou quer comprar uma orquídea coelogyne é essencial saber como cultivá-las.

Pois dessa maneria sua orquídea será saudável e dará várias flores.

Em média, elas são orquídeas fáceis de cultivar.

Abaixo está um resumo sobre como fazer isso:

1º Temperatura

Temperatura

Em média elas gostam de temperaturas medianas durante o dia (21 a 29ºC), mas existem exceções, algumas preferem temperaturas mais altas assim como a ansellia africana, enquanto outras espécies temperaturas mais baixas.

A grande maioria das espécies podem ser consideradas bem resistentes, pois assim como as paphiopedilum, aguentam temperaturas entre 15 e 35ºC.

Siga essas especificações e muito provavelmente sua coelogyne não vai sofrer com temperaturas.

  1. Durante o dia entre 21 a 29ºC
  2. Durante a noite entre 12 e 18ºC

Lembrando que uma queda de temperatura durante a noite é ideal para que a floração ocorra.

2º Substrato

Substratos Para Orquídeas

Como já dito, a grande maioria das orquídeas coelogyne são epífitas e por isso, o substrato recomendado é um que seja ideal para orquídeas epífitas.

Basicamente ele deve fazer 3 coisas:

  1. Manter umidade
  2. Manter nutrientes
  3. Permitir um bom arejamento das raízes

Por isso, alguns substratos que recomendo são: fibra de coco, musgo de esfagno, algumas cascas e alguns substratos porosos.

3º Iluminação

Iluminação

Assim como a grande maioria das orquídeas, a iluminação correta é uma luz indireta.

Normalmente elas são orquídeas que gostam muito de iluminação, podendo ficar com as oncidiums, mas tome cuidado para não exagerar.

Um segredo que muitos cultivadores utilizam é verificar a folha das orquídeas para ver se elas estão tomando sol em excesso.

Basicamente, quando uma orquídea toma muito sol, ela tende a produzir menos clorofila, fazendo sua folha ficar amarelada.

E em alguns casos mais extremos, elas se queimam, ficando pretas.

Mas caso a situação seja contrária, e ela não esteja recebendo sol o suficiente, elas aumentam a produção de clorofila.

Desse modo, suas folhas ficam com um tom de verde mais escuro.

Veja mais em: Manchas nas folhas das orquídeas

4º Rega

Rega

As coelogyne não gostam de ficar secas, por isso, evite ao máximo deixar o substrato secar.

Para regá-las, utilize o seu dedo para verificar se o substrato está quase seco.

Mas tome cuidado, a rega deve ser feita nas raízes e não nas folhas, quando se fica acumulado água nas folhas, sua orquídea pode contrair doenças.

Algumas dicas para regar essa orquídea são:

  1. Regue durante o período da manhã;
  2. Após a floração regar com mais frequência;
  3. Durante o inverno diminuir a frequência;
  4. Cuidado para não deixar acumulado água nas raízes de sua orquídea

Agora vamos falar sobre a umidade

5º Umidade

Umidade

Essas são orquídeas que gostam muito de uma umidade alta.

Normalmente o ideal pode variar de 60 a 85%, sendo muito parecido com as vandas.

Caso a umidade esteja muito baixa, você pode aumentá-la colocando uma toalha molhada perto de sua orquídea, ou um aquário, use a criatividade 🙂

E se você quer aprender muito mais sobre como cuidar de orquídeas, baixe o nosso manual completo.

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6º Como replantar

Vaso

O replantio das coelogynes deve ocorrer em média a cada 1 ou 2 anos.

Mas se possível deve ser evitado.

Pois as coelogynes não gostam de ser replantadas ou divididas e podem ficar 1 ou 2 anos sem florir caso isto ocorra.

Mas caso você queira fazer, siga as dicas abaixo:

Deve ocorrer no período da primavera, normalmente esse é o período que antecede o período de crescimento dessa orquídea.

Quanto a multiplicação dessa orquídea, ela ocorre por divisão de touceiras, mas também pode ser multiplicada por sementes.

Caso você opte por multiplicá-la através da divisão de touceiras, apenas garanta que cada muda possua no mínimo 4 pseudobulbos.

E se você quer aprender como plantar essas orquídeas, pode utilizar o vídeo acima.

Mas comece após a retirada da orquídea do vaso.

Flores

Coelogyne fimbriata

Em uma boa parte das espécies as flores são pequenas e as cores não muito atrativas, mas também existem algumas em que isso não é verdade.

Algumas orquídeas coelogyne são destaques devido a sua abundância de flores.

E também a diversidade de cores desse gênero é muito grande, mas poucas possuem as cores “interessantes”.

  • Amarelo
  • Marrom-claro
  • Verde
  • Branco
  • Creme
  • Laranja

Com a floração muitas vezes durando semanas.

Principais Espécies

Abaixo eu separei algumas das principais espécies de coelogyne e suas características

Coelogyne flaccida

coelogyne flaccida

Essa orquídea foi descrita em 1828, sendo nativa de alguns países da Ásia.

Ela é uma orquídea epífita que vive em florestas tropicais.

Normalmente durante a sua floração, ela gera de 3 a 15 flores por haste floral.

E cada flor têm em média 4cm e normalmente com cores mais brancas.

Uma curiosidade sobre essa orquídea é que o cheiro que ela emite não é muito agradável para humanos, mas atrai vários polinizadores.

Para cultivá-la, siga essas dicas:

  1. Raios solares indiretos e temperatura máxima de 35ºC
  2. Umidade média ou alta
  3. Evitar dividi-la ou replantá-la, pois ela não gosta disso
  4. Cultivá-la em troncos, vasos plásticos ou cestas suspensas
  5. Sombreamento de 70%

Coelogyne cristata

coelogyne Cristata

Também conhecida como orquídea branca de neve ou orquídea branca.

A coelogyne cristata é uma orquídea epífita nativa do Himalaia.

Essa é uma orquídea de flores muito bonitas, elas possuem cerca de 8 cm, com uma mancha no labelo.

Normalmente as flores surgem na base dos pseudobulbos e em cada pseudobulbo aparece em média 10 flores.

Para cultivá-las, siga as dicas abaixo:

  1. Bastante luz indireta
  2. Prefere temperaturas mais frias
  3. Alta umidade
  4. Sombreamento de 70%
  5. Rega deve ser frequente, o substrato deve permancer úmido, mas não encharcado.

Coelogyne lawrenceana

Coelogyne Lawrencean

Descrita em 1905, essa é uma planta nativa do Vietnã ou do Himalaia.

A coelogyne lawrenceana é epífita e vive na Cordilheira no Himalaia.

Normalmente essas orquídeas são bem grandes.

E quanto as suas flores, elas aparecem na base dos pseudobulbos, com 1 a 6 flores por haste floral.

Cada flor tem em média 10cm de comprimento e dura cerca de 15 dias.

Para cultivá-las, siga as dicas abaixo:

  1. Gostam de frio
  2. Depois da floração, regar bastante esta planta e no começo do inverno diminuir muito a rega.
  3. Sombreamento de 70%
  4. Umidade média ou alta
  5. Adubação quinzenal

Conclusão

Coelogyne candoonensis

Apesar de existem algumas espécies que realmente não valem a pena serem cultivadas, também existem aquelas que são muito interessantes.

E esse artigo é especialmente para isso, se você ainda não tem uma em sua coleção, busque conseguir.

As espécies de coelogynes que estão nas ilustrando este artigo são:

  • Coelogyne candoonensis
  • Coelogyne fimbriata
  • Coelogyne lawrenceana
  • Coelogyne lentiginosa

Mas cuidado, busque informações antes de comprar essas orquídeas.

Para evitar que elas tenham um mau cheiro durante a floração.

Caso você queira outras opções de orquídeas para ter em sua casa, você pode escolher algumas dessas:

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Thiago L. Ferreira

Thiago L. Ferreira

Thiago Ferreira escreve sobre o cultivo de plantas desde 2017. Seus conteúdos já foram recomendados em revistas (Revista Líder 10/2019, Revista Living edição 88), pesquisas científicas e portais famosos sobre plantas. Atualmente o Thiago compartilha seus conhecimentos aqui pelo blog e também via cursos, livros e ebooks que contam com mais de 15700 alunos ao redor do mundo.

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